Intervenção
Fisioterapêutica em pacientes com
síndrome de Down
A
lei 7853, aprovada em 24 de outubro de 1989, no artigo 8º diz:
“...Dispõe
sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência,
sua
integração social e as ações necessárias ao seu cumprimento,
afastando
discriminação, garantindo-lhes o direito à educação, à
saúde,
ao trabalho, ao lazer, à previdência social..."
(CONSTITUIÇÃO
FEDERAL, 1989).
É importante que a criança com Síndrome
de Down receba estimulação para se desenvolver desde o nascimento, por isso o acompanhamento
fisioterapêutico vem com o importante papel de fornecer, em especial, o desenvolvimento
mental e motor, proporcionando maior longevidade e melhor qualidade de vida.
A criança que nasceu com essa síndrome vai controlar a
cabeça, rolar, sentar, arrastar, engatinhar, andar e correr, exceto se houver
algum comprometimento além da síndrome. Quando ela começa a andar, há
necessidade ainda de um trabalho específico para o equilíbrio, a postura e a
coordenação de movimentos.
Mas antes de qualquer
técnica específica de estimulação, a convivência saudável deve ser uma das
prioridades da estimulação, pois é a partir dela que ocorre o desenvolvimento.
A hipotonia muscular faz com que haja um desequilíbrio de
força nos músculos da boca e face, ocasionando alterações na arcada dentária,
projeção no maxilar inferior e posição inadequada da língua e lábios com a boca
aberta e a língua sempre para fora, a criança respira pela boca, o que acaba
alterando a forma do palato. Esses fatores, dentre outros, fazem com que os
movimentos fiquem mal coordenados.
TÉCNICAS:
Exercícios
específicos de equilíbrio com o uso da bola
de Bobath e da prancha de equilíbrio também são importantes.
- A fisioterapia respiratória atua na prevenção e tratamento, visam o conforto respiratório do paciente.
- Brinquedos coloridos e sonoros estimulam a visão, a audição e a coordenação de movimentos no bebê.
- Atividades que envolvam o balanço estimulam os órgãos do equilíbrio, o balanço na bola de Bobath facilita as reações de controle de cabeça e tronco.
- A hidroterapia poderá ser útil pois o ganho de força muscular para pacientes com Síndrome de Down pode ser conseguido através da resistência da água ao movimento.
- O trabalho de fortalecimento, equilíbrio muscular e determinadas posturas pode utilizar a turbulência da água, provocada em diferentes velocidades, permitindo o desafio do equilíbrio para diferentes tipos de déficits motores. A adequação do tônus muscular pode ser realizada co-contração através de exercícios resistidos contra a flutuação e a viscosidade da água, durante algumas atividades lúdicas (ludoterapia).
A hidroterapia pode ser benéfica ao fornecer métodos
alternativos para estimular a reeducação dos padrões respiratórios, como realizar
bolhas na água com a boca, a utilização de canudos e diferentes objetos para
soprar, estimular a musculatura orbicular da boca e favorece sua oclusão, além
do fato da musculatura respiratória ser estimulada pela pressão hidrostática
exercida constantemente sobre o corpo imerso.
O objetivo da fisioterapia
não é tentar igualar o desenvolvimento neuropsicomotor da criança com síndrome
de Down ao de uma criança comum nem exigir da criança além do que ela é capaz,
mas auxiliá-la a alcançar as etapas desse desenvolvimento da forma mais
adequada possível, buscando a funcionalidade na realização das atividades diárias
e na resolução de problemas.
Referências:
http://www.faesfpi.com.br/Interven%C3%A7%C3%A3o%20Fisioterap%C3%AAutica%20na%20S%C3%ADndrome%20de%20Down.pdf (Acadêmicos do Curso de Fisioterapia IV Bloco da FAESF - Faculdade de Ensino Superior de Floriano - FAESF)
http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2007/RN%2015%2002/Pages%20from%20RN%2015%2002-4.pdf (16. mai, 2009 por APSDOWN em FISIOTERAPIA)
Por:
Maycon Douglas Alves de Oliveira
Por:
Maycon Douglas Alves de Oliveira
Graduando Fisioterapia - UNIME Salvador
Coordenador FISIOTERALOUCOS e Assessoria Reviva Esportes
Sugestão de: Bruna Camargo
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